Mobilidade Urbana
No dia 8 de novembro é comemorado o Dia Mundial do Urbanismo. Em comemoração a essa data, hoje, no blog, vamos falar sobre mobilidade urbana, pauta indispensável no urbanismo.
Mas o que significa mobilidade urbana?
No dicionário, mobilidade significa a facilidade de se mover. Na prática, então, é a condição que permite o deslocamento das pessoas na cidade, facilitando e tornando esse movimento fluído e prático.
O problema é que, cada vez mais, esse movimento com qualidade está sendo impedido pelo caos das cidades, levando até a ser repensado o tema de mobilidade urbana. É desejada a retomada da mobilidade em seu sentido original, trazendo uma melhoria na vida das pessoas de forma sustentável. Mas para que o objetivo seja atingido, é necessário o comprometimento do poder público por meio de um plano de mobilidade urbana sustentável. Esse plano trata-se de providências a serem tomadas que priorizem a qualidade de vida no espaço público.
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O Plano de Mobilidade Urbana
O plano de mobilidade urbana é um anexo de diretrizes com objetivo de aprimorar o deslocamento das pessoas numa cidade de modo sustentável, se atentando à boa qualidade de vida. Nas cidades brasileiras, é possível desenvolver um plano com foco no uso dos meios de transporte que trazem rapidez na mobilidade, mas sem agredir o meio ambiente, aspecto imprescindível, pois diminui os impactos naturais a médio e longo prazos nas cidades. As propostas apontam a garantia de acessibilidade, eficácia, qualidade de vida, dinamismo, segurança e preservação do meio ambiente.
A Mobilidade Urbana na arquitetura
Sem arquitetura, não existe mobilidade urbana. Arquitetura vem do grego (significa “principal construção”) e é necessária para o desenho eficaz da cidade. Porém, a própria arquitetura se tornou contrária da mobilidade urbana, visto que cidades se tornaram compostas de prédios de concreto sobre ruas asfaltadas, sem preocupação alguma com fluidez e ordem do deslocamento.
Isso ocorreu devido à falta de planejamento urbano e administração nos projetos arquitetônicos, que são os responsáveis pelo espaço público. O desenho é mal pensado, complicando ainda mais a mobilidade urbana.
É dever de arquitetos e urbanistas a resolução dos problemas causados, em conjunto com as autoridades públicas brasileiras.
A Mobilidade Urbana sustentável
A mobilidade urbana sustentável está ldiretamente ligada ao tipo de transporte utilizado no deslocamento das pessoas. Junto a isso existe também a preocupação em facilitar os trajetos percorridos, diminuindo os efeitos negativos no ambiente por combustíveis fosseis. A fluidez e eficácia no transporte estão diretamente ligadas à heterogeneidade dos transportes, principalmente os de modalidade pública.
Soluções sugeridas incluem os sistemas de veículos sobre trilhos, bondes, metros, ônibus limpos, que alternam entre o motor a diesel e elétrico, e VLTs, os veículos leves sobre trilhos. Somados a esses meios, existem outros mecanismos que facilitam a mobilidade, entre eles as ciclovias, esteiras rolantes, elevadores de grande porte, bicicletas públicas e teleféricos.
A qualidade de vida na mobilidade urbana
O deslocamento de casa ao trabalho dos brasileiros se tornou cada vez pior, prejudicando a qualidade de vida das pessoas, com o uso do meio de transporte individual sendo o principal antagonista da mobilidade urbana eficiente, pois causa congestionamentos e impede a fluidez no deslocamento nas cidades.
O paulistano, por exemplo, perde, em média, 3 horas por dia no trânsito, dados coletados pela pesquisa de mobilidade urbana na cidade, em setembro de 2018. Essa ineficiência na mobilidade é causada pelos seguintes aspectos:
- má qualidade do transporte público
- redes curtas de transporte sobre trilhos
- falta de planejamento urbano e arquitetônico
- excesso de carro
- entre outros
O tempo gasto em excesso no trânsito é um tempo necessário para a realização de tarefas úteis, como jantar com a família, praticar um esporte ou buscar o filho na escola.
Algumas cidades, como Belo Horizonte, se utilizam do planejamento urbano para conseguir atender a demanda da metrópole. A cidade ganhou o prêmio de Transporte Sustentável do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITPD), em Nova York, devido à incorporação da ciclovia e o BRT, sistemas muito eficazes na mobilidade urbana que permitem acesso rápido e sustentável, aumentando a qualidade de vida dos moradores.
As amarelinhas
O serviço de bicicletas compartilhadas já existia no Brasil, como é o caso do Bike Sampa. Porém, se baseiam em pontos físicos para a retirada e entrega das bicicletas.
As bicicletas Yellow vêm de uma startup criada pelos sócios Ariel Lambrecht, Eduardo Musa e Renato Freitas, e propõem um jeito diferente de alugar bikes. As bicicletas são compartilhadas por meio de aplicativos sem a necessidade de estações físicas. O serviço está em funcionamento desde agosto, em São Paulo.
Inicialmente, 500 bicicletas foram disponibilizadas nas regiões da Faria Lima e Vila Olímpia, mas a frota já foi expandida e opera em vários bairros, desde o Butantã até o Brooklin. É estimado que 20 mil bicicletas estarão em funcionamento até o fim de 2018 e que esse número chegue a 100 mil em 2019.
Para utilizar a Yellow é necessário ter o aplicativo, onde você pode localizar a bicicleta por meio do GPS e efetuar o desbloqueio do cadeado por leitura do QR Code e assim que terminar de usar, bloquear a bike também por meio do aplicativo. O app está disponível aqui para Android e iOS.
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