Novas formas de morar e viver – Arquitetura Compacta e Coliving

Já parou pra pensar no futuro da moradia? Atento às mudanças de comportamento e novas formas de morar, o setor imobiliário investe na ampliação do segmento com soluções de apartamentos compactos e espaços compartilhados para investimento ou locação – os colivings – tendência internacional, sobretudo no Brasil. Imagine um edifício inteligente, como um celular, em que todos os aplicativos estivessem conectados nele, em pleno funcionamento, com oferta de todos os serviços dentro do empreendimento (alimentação, hospedagem, mobiliário, mobilidade, estacionamento e etc).

No Brasil, o empreendimento Housi, da Vitacon, traz essa novidade, o sistema plug and play on demand, conforme a necessidade do usuário – evidentemente conectado com a tendência que surgiu em 2015 “the future as a service” (FAAS). Outra novidade do setor é a migração gradativa da aquisição ao aluguel, como ocorreu com os automóveis, a partir da ascensão dos aplicativos de mobilidade urbana (patinetes, bikes, carros, scooters). Nesse sentido, a Vitacon anuncia que não venderá mais apartamentos a moradores finais, a partir de 2020 – colocará em prática a estratégia de edifícios com foco em investidores e nômades da habitação. Com o propósito de oferecer facilidade e liberdade de escolha ao usuário, no momento de escolher a sua morada, a tendência acompanha a economia compartilhada, assim como a maioria dos serviços (alimentação, vestuário, entretenimento, patinetes, bikes, carros de aluguel), onde não é preciso ter o imóvel ou o equipamento, mas ter acesso ao serviço e usufruir de sua facilidade.

Em todo o mundo, cidades apresentam poucas opções atraentes de habitações que utilizam os recursos de forma ambientalmente positiva e responsável. Procurando resolver esse desafio, a empresa So-Il, sediada em Nova Iorque, se uniu ao fabricante de automóveis MINI para criar o Mini-Living – Respire, uma “interpretação futurista do viver na cidade de forma compartilhada, consciente do uso dos recursos e com uma pegada compacta”. A Mini-Living irá transformar a planta industrial existente através de uma variedade de espaços flexíveis e atividades programáticas, incluindo apartamentos, espaços de trabalho para alugar além de escritórios de co-working, proporcionando uma “flexibilidade individual e otimização do uso do espaço”.

Em exibição no Salone del Mobile de 2017 de Milão, a estrutura do protótipo é construída a partir de uma membrana de tecido translúcido esticada numa estrutura de metal modular que se eleva verticalmente num lote urbano de 50 metros quadrados anteriormente não utilizado. Seis ambientes e um jardim na cobertura proporcionam espaços para disposições programáticas flexíveis, aderindo aos princípios Mini-Living de “Uso criativo do espaço” e “Pegada mínima”.

Verificamos neste projeto, uma alternativa bastante atraente são os apartamentos compactos de moradia – funcionais e bem localizados, de modo a otimizar o uso espaço – residencial e, inclusive, urbano. Nesse sentido, contribuem ativamente para a transformação dos centros urbanos, revitalizando-os, uma vez que contribuem para a moradia próxima ao local de trabalho, por exemplo, bem como institutos e centros universitários, colaborando com a inovação do setor.

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Projeto: MINI LIVING, Xangai– China
Imagens e fontes: valor econômico, exame, housi, archdaily.com.br, so-il, Mini-Living